terça-feira, 16 de março de 2010

Delírio...(III)




Delírio

Nua, mas para o amor não cabe o pejo
Na minha a sua boca eu comprimia.
E, em frêmitos carnais, ela dizia:
Mais abaixo, meu bem, quero o teu beijo!
Na inconsciência bruta do meu desejo
Fremente, a minha boca obedecia,
E os seus seios, tão rígidos mordia,
Fazendo-a arrepiar em doce arpejo.
Em suspiros de gozos infinitos
Disse-me ela, ainda quase em grito:
Mais abaixo, meu bem! ? num frenesi.
No seu ventre pousei a minha boca,
Mais abaixo, meu bem! ? disse ela, louca,
Moralistas, perdoai! Obedeci…



~Este poema dispensa qualquer palavra...
Saudemos Olavo Bilac e sua maestria com as palavras!!!
Que saudade do blog!
Que saudade da lilith!
Tanto tempo sem escrever...
Editando esta postagem sinto-me nostálgica!!
Quantas noites insones... Madrugadas sem fim desvendando palavras, desnudando sentimentos...
Ahh!
Estou muito feliz por estar aqui neste momento!