E os 25 anos chegando... Hoje tenho consciência de que já fiz algumas coisas pela última vez. Ao olhar para trás, encontro lembranças ótimas de situações que eu nunca mais gostaria de viver de novo. Todo dia que passa me modifica um pouco, de modo que algumas coisas que antes eu amava tanto, agora já não caem bem em mim... (Adoro esse texto)
Hoje
em dia a pizza vem congelada, a roupa lava sozinha, o MC Donald’s entrega em
casa, e o filme não precisa mais rebobinar. Ninguém abre a Barsa pra fazer um
trabalho, cada um tem seu celular, e é tudo tão cômodo que a gente até se
esqueceu que nem sempre foi assim.
A tecnologia nos deu um mundo novo: mais rápido, mais fácil e, antes de mais
nada, passageiro. O hotmail rasga automaticamente as minhas cartas, as fotos
somem sempre que o computador estraga, todo mês a Tim lança quatro ou cinco
modelos diferentes de celulares. Estranho? Claro que não. Já estamos tão
acostumados que mal percebemos a insolidez e instantaneidade das coisas.
E não é à toa. Nos vestimos assim, comemos assim, e o mais triste: nossos relacionamentos também são assim. A minha geração inventou o "ficar" e admite tranquilamente sexo sem compromisso.
Diferente da minha mãe, eu não preciso namorar pra beijar na boca, nem casar pra deixar de ser virgem e, se ao 17 eu me sentia em vantagem, hoje, sete anos depois, eu começo a admirar aqueles tempos.
Para onde foi o romantismo, o amor verdadeiro, as flores, as declarações? O que aconteceu com a intimidade, com o respeito e a confiança? Será que ninguém mais acredita na felicidade calma das terças feiras chuvosas, na alegria constante de se querer quem se tem?
A verdade é que eu cansei dessas competições infames de "quem demora mais pra responder o telefonema", chega desse teatro infantil do "vou fingir que eu não vi".
E não é à toa. Nos vestimos assim, comemos assim, e o mais triste: nossos relacionamentos também são assim. A minha geração inventou o "ficar" e admite tranquilamente sexo sem compromisso.
Diferente da minha mãe, eu não preciso namorar pra beijar na boca, nem casar pra deixar de ser virgem e, se ao 17 eu me sentia em vantagem, hoje, sete anos depois, eu começo a admirar aqueles tempos.
Para onde foi o romantismo, o amor verdadeiro, as flores, as declarações? O que aconteceu com a intimidade, com o respeito e a confiança? Será que ninguém mais acredita na felicidade calma das terças feiras chuvosas, na alegria constante de se querer quem se tem?
A verdade é que eu cansei dessas competições infames de "quem demora mais pra responder o telefonema", chega desse teatro infantil do "vou fingir que eu não vi".
O amor é um jogo esquisito, em que só se ganha
quando dá empate. Não quero sair por cima, muito menos sair por baixo, o que eu
quero é sair ao lado; e de mãozinha, se for possível.
O consumismo nos induz a um estado de insatisfação permanente, que aplaude o digital e o descartável e abomina tudo o que é eterno e trabalhoso. Talvez seja por isso que a ideia de amar assuste tanto: a concepção de um sentimento duradouro e complicado contraria os valores vigentes, tornando-nos confusos e vulneráveis. É fácil conquistar uma menina por uma noite, é fácil ser atraído por um decote, difícil é querer estar com ela o tempo todo, difícil é não ter medo de ser feliz!
Eu posso parecer atrasada e até meio cafona, simplesmente não tenho outra opção. Enquanto a internet não disponibiliza uma versão melhor, eu fico com esse meu coração de sempre, que já não acredita em romances ‘express.’, nem se contenta com amostras grátis de amor.
O consumismo nos induz a um estado de insatisfação permanente, que aplaude o digital e o descartável e abomina tudo o que é eterno e trabalhoso. Talvez seja por isso que a ideia de amar assuste tanto: a concepção de um sentimento duradouro e complicado contraria os valores vigentes, tornando-nos confusos e vulneráveis. É fácil conquistar uma menina por uma noite, é fácil ser atraído por um decote, difícil é querer estar com ela o tempo todo, difícil é não ter medo de ser feliz!
Eu posso parecer atrasada e até meio cafona, simplesmente não tenho outra opção. Enquanto a internet não disponibiliza uma versão melhor, eu fico com esse meu coração de sempre, que já não acredita em romances ‘express.’, nem se contenta com amostras grátis de amor.